sexta-feira, 24 de junho de 2011


Valsa em Sol menor

Como andorinha sonolenta que voa e descobre o tempo no seu lugar,
Chego até aqui e observo a sombra do teu sorriso
Que se esbate na estrada do poente.
Vôos certeiros de circulos mal fechados
Para que o princípio nunca se cruze com o fim.
O sol presencia o bailado em plano inclinado
E deixa que o palco pareça real.
O vento pergunta, sem grandes demoras, se a valsa é perfeita
Ou se preferem um tango em sol menor.
As aves, em sincronia, respondem em bando,
Que a valsa é a três, um par não se forma,
Preferem o tango, a dois é melhor.
Compasso a compasso, sem repetições,
Seguem a linha esquecida desenhada pelo sol.

Schubert Schubert

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